terça-feira, 19 de junho de 2018

Amanhã

É uma realidade
nos dias que correm,
pelo próximo indiferença,
desrespeito à diferença.


Senti algo na chuva
perdi-me, não soube escutar
o que dizia o gotejar?


Banalidade da criminalidade,
a justiça tarda e falha.
Disse-me a caixa que mudou o planeta.
Estará tudo assim tão mau?
Mostra-me outra faceta.


Sinto o abraço do vento,
susurra-me por momento
não precebo, não entendo...


Palavras de profetas antigos
transformam-se em armas
para uma guerra sem fim.
Algum haverá dia paz para estes eternos inimigos?


Sinto o tremor
deitado no chão,
como que a dor
a quem lhe faz ouvidos moucos.
Há demasiado ruído para entender esta vibração.


Manuscritos banais
inundados de mentiras, intrigas,
vêm até nós dia à dia,
nunca com melhoria,
degradando-se mais e mais.


Olho para a chama que me aquece,
enfeitiça-me na sua furiosa dança,
quer mostrar-me algo...


Rasguemos o supérfluo
que nos atordoa e engana.
Caminhamos sozinhos,
embora rodeados de pessoas
Basta!
Criemos consciência colectiva, objectiva,
num caminho de igualdade, fraternidade
como numa irmandade.
O que é afinal a religião? Guerra, interesses, destruição?
Não!
Nós não nascemos
para isto, tenho a certeza!
Sinto na natureza,
há uma paz nela
que também nós podemos alcançar.
Basta-nos perdoar o passado,
e juntos avançar


para o amanhã!