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Sonhos,
nocturnos desejos que me traem,
são segredos e caem
para lá da memória.
Até ao segundo em que se repete a história,
e renasces nos passos do destino.
Espelhas o movimento
do coração distante
que acelera no momento.
O espaço consome-se,
mesmo ficando,
tu permanecendo,
entrelaçamos, misturamos a divisão,
almas em união
não conhecem o silêncio.
Prometemos ficar, sem tempo respirar,
perder a luz, o amanhã renegar,
se apenas aqui
for tudo o que senti.
Ao feitiço e ilusão
resta a resignação,
pois o que foi passou.
Os meus passos deixaram-te para trás.
A lembrança restou,
o coração jamais apagou,
mas escondeu,
que o amor nasceu
e não desvaneceu.