Meias palavras
São tudo o que te digo
são tudo o que oiço.
Dançamos pelo salão e nunca nos tocamos,
brincando com o significado
entre sorrisos envergonhados,
deixamos frases a meio.
Lembro-me quando te encontrei,
o calor do teu olhar semeou o meu coração,
apenas um leve toque senti
apenas mais tarde soube que te deixaras por lá.
Sonhei…
Noites passadas entre vidas nossas.
Sou o herói dos meus mundos fantasiados.
Nunca os escrevo na vida,
não sinto o sabor, o toque e o cheiro,
só a mágoa de acordar.
Escavo e enterro,
não quero mais sonhar.
Era mentira,
voltaste pelo breu trazendo a luz nos teus passos,
com cores e cheiros pintaste sonhos antigos.
Os espaços em branco preencheram-se,
vi nos teus olhos reflectido o meu sentimento.
Estavas onde sempre estiveste,
e agora já não sonho
és realidade.
Espero, ainda.
Vejo-te presa e quero partir essas correntes,
mas és tu quem tem o martelo,
a chave para saires da sala.
Estou do outro lado e estou a teu lado,
onde precisas.
Acredito em nós,
Aguardo.
Aqui me tens a confessar
sem meias palavras,
conto-te a minha história contigo
esperando que o que leias te acorde.
Nas palavras escritas perco o pudor,
deixo a insegurança.
Quero-te amor,
vens até mim?
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